Pois é gente... esta é uma pequena analise da crise financeira que está acontecendo no nosso mundo... espero que tenha conseguido dar uma breve explicação... até mais!!!!!
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Pânico, terror, euforia e desconfiança
Estas foram as reações do mundo, a crise originária das hipotecas americanas se espalhou, veja o que está acontecendo e quais serão as conseqüências deste caos financeiro.
Carlos Por Ferreira
Bolsas despencando e alavancando, pacotes gigantescos de financiamentos sendo rejeitados e aprovados, países confiáveis se tornando desconfiáveis, investimentos certos se tornando incertos, a Europa e os Estados Unidos com temores de recessão e os Emergentes passando por apuros menores que as grandes economias.
Este é o cenário que está sendo apresentado com a crise que o mundo passa. A dificuldade e o encarecimento do crédito já se tornaram visíveis. Todas essas reviravoltas tiveram inicio com a venda de casas americanas com baixas garantias de pagamento. Uma tática dos grandes bancos para lucrar sem precedentes acabou fazendo com que eles quebrassem desestabilizando assim toda a economia mundial. A movimentação do capital se espalhou largamente por que os bancos compartilharam entre si estes créditos, chamados de “créditos podres”, e movimentou capitais de diversas outras economias relacionadas às hipotecas, a indústria de base, por exemplo, foi uma das afetadas, por conta do fornecimento de materiais para as construções dos imóveis.
Todo reboliço da bolha se iniciou no dia 15 de setembro de 2008 quando o banco Lehman Brothers entrega um pedido de concordata e o Merrill Lynch é vendido para o Bank of America. Neste momento foram demonstrados os reflexos das vendas inapropriadas. Os bancos americanos começaram aos poucos a quebrar. Para que um banco se declare quebrado é necessário que as dividas ultrapassem consideravelmente o patrimônio que instituição possui. Um exemplo onde este problema pôde ser visto claramente foi a situação que se encontrava o banco Golman Sachs, ele possuía uma divida de aproximadamente 1,1 trilhão de dólares e um patrimônio de 45 bilhões de dólares, o que fazia com que as dividas do banco fossem 24 vezes maior que seu capital. Com estes dados foi possível demonstrar que uma corrida para estabilizar as finanças destes bancos americanos deveria ser feita o quanto antes.
No dia seguinte a seguradora AIG foi salva pelo FED (Federal Reserve, o banco central americano), um empréstimo de 85 bilhões de dólares foi o responsável por esta salvação, no mesmo dia foram injetados 70 bilhões de dólares na economia para garantir a liquidez do sistema, ou seja, fazer com que o capital interno aumente, para assim não depender demasiadamente do capital estrangeiro.
Com a quebra dos bancos o auxilio do Governo americano era necessário, comprar os títulos garantindo assim credibilidade perante os mercados internacionais, para salvar a economia foi o plano adotado depois de diversas conversas e reuniões. Foi realizado então um plano de combate a crise, onde seriam injetados 700 bilhões de dólares no mercado financeiro para a recuperação dos títulos podres. Durante este período a economia mundial sofreu outro grave golpe, a Europa mostrou que também estava contaminada pela bolha financeira. Apesar de todos estes sinais, no primeiro momento o plano de resgate bilionário foi barrado na Câmara de Representantes americana, isso fez com que os investidores temessem um caos completo do sistema financeiro e recuassem, o causou uma queda brusca nas bolsas de valores. A possível falta de ação do governo americano fez com que a crise de 1929 voltasse à cabeça de todos, isso porque na época o Estado deixou que as empresas falissem.
Hoje, após a aprovação do pacote de apoio a crise, o mercado respondeu com euforia, a própria aprovação fez com que as bolsas atingissem picos, após dias de quedas. Porém essa euforia vem a cada dia se esvaindo e voltando tornando o mercado incerto, isto porque existem especulações sobre a eficiência dos pacotes oferecidos pelos governos. Os bancos não confiam mais em seus iguais, apenas os bancos estatais têm certo status de garantia.
No Brasil, as empresas se estruturam para receber o impacto da crise, algumas projetam novas metas para 2009, outras as mantêm. A maneira que encontraram de mostrar mais confiança ao investidor financeiro e ao mercado foi realizando uma operação chamada Programa de Recompra de Ações (PRA), que consiste como o próprio nome diz, na recompra das ações da empresa. Os emergentes irão sofrer menos com a crise, porém serão afetados, não se sabe ao certo em quais proporções, mas empresas brasileiras estão se precavendo realizar estas compras é uma das maneiras. É necessário que haja confiança para haver investimento e mostrar que apesar dos problemas financeiros mundiais é possível investir em seu próprio capital é um bom sinal.