quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pânico, terror, euforia e desconfiança

Pois é gente... esta é uma pequena analise da crise financeira que está acontecendo no nosso mundo... espero que tenha conseguido dar uma breve explicação... até mais!!!!!

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Pânico, terror, euforia e desconfiança

Estas foram as reações do mundo, a crise originária das hipotecas americanas se espalhou, veja o que está acontecendo e quais serão as conseqüências deste caos financeiro.

Carlos Por Ferreira

Bolsas despencando e alavancando, pacotes gigantescos de financiamentos sendo rejeitados e aprovados, países confiáveis se tornando desconfiáveis, investimentos certos se tornando incertos, a Europa e os Estados Unidos com temores de recessão e os Emergentes passando por apuros menores que as grandes economias.

Este é o cenário que está sendo apresentado com a crise que o mundo passa. A dificuldade e o encarecimento do crédito já se tornaram visíveis. Todas essas reviravoltas tiveram inicio com a venda de casas americanas com baixas garantias de pagamento. Uma tática dos grandes bancos para lucrar sem precedentes acabou fazendo com que eles quebrassem desestabilizando assim toda a economia mundial. A movimentação do capital se espalhou largamente por que os bancos compartilharam entre si estes créditos, chamados de “créditos podres”, e movimentou capitais de diversas outras economias relacionadas às hipotecas, a indústria de base, por exemplo, foi uma das afetadas, por conta do fornecimento de materiais para as construções dos imóveis.

Todo reboliço da bolha se iniciou no dia 15 de setembro de 2008 quando o banco Lehman Brothers entrega um pedido de concordata e o Merrill Lynch é vendido para o Bank of America. Neste momento foram demonstrados os reflexos das vendas inapropriadas. Os bancos americanos começaram aos poucos a quebrar. Para que um banco se declare quebrado é necessário que as dividas ultrapassem consideravelmente o patrimônio que instituição possui. Um exemplo onde este problema pôde ser visto claramente foi a situação que se encontrava o banco Golman Sachs, ele possuía uma divida de aproximadamente 1,1 trilhão de dólares e um patrimônio de 45 bilhões de dólares, o que fazia com que as dividas do banco fossem 24 vezes maior que seu capital. Com estes dados foi possível demonstrar que uma corrida para estabilizar as finanças destes bancos americanos deveria ser feita o quanto antes.

No dia seguinte a seguradora AIG foi salva pelo FED (Federal Reserve, o banco central americano), um empréstimo de 85 bilhões de dólares foi o responsável por esta salvação, no mesmo dia foram injetados 70 bilhões de dólares na economia para garantir a liquidez do sistema, ou seja, fazer com que o capital interno aumente, para assim não depender demasiadamente do capital estrangeiro.

Com a quebra dos bancos o auxilio do Governo americano era necessário, comprar os títulos garantindo assim credibilidade perante os mercados internacionais, para salvar a economia foi o plano adotado depois de diversas conversas e reuniões. Foi realizado então um plano de combate a crise, onde seriam injetados 700 bilhões de dólares no mercado financeiro para a recuperação dos títulos podres. Durante este período a economia mundial sofreu outro grave golpe, a Europa mostrou que também estava contaminada pela bolha financeira. Apesar de todos estes sinais, no primeiro momento o plano de resgate bilionário foi barrado na Câmara de Representantes americana, isso fez com que os investidores temessem um caos completo do sistema financeiro e recuassem, o causou uma queda brusca nas bolsas de valores. A possível falta de ação do governo americano fez com que a crise de 1929 voltasse à cabeça de todos, isso porque na época o Estado deixou que as empresas falissem.

Hoje, após a aprovação do pacote de apoio a crise, o mercado respondeu com euforia, a própria aprovação fez com que as bolsas atingissem picos, após dias de quedas. Porém essa euforia vem a cada dia se esvaindo e voltando tornando o mercado incerto, isto porque existem especulações sobre a eficiência dos pacotes oferecidos pelos governos. Os bancos não confiam mais em seus iguais, apenas os bancos estatais têm certo status de garantia.

No Brasil, as empresas se estruturam para receber o impacto da crise, algumas projetam novas metas para 2009, outras as mantêm. A maneira que encontraram de mostrar mais confiança ao investidor financeiro e ao mercado foi realizando uma operação chamada Programa de Recompra de Ações (PRA), que consiste como o próprio nome diz, na recompra das ações da empresa. Os emergentes irão sofrer menos com a crise, porém serão afetados, não se sabe ao certo em quais proporções, mas empresas brasileiras estão se precavendo realizar estas compras é uma das maneiras. É necessário que haja confiança para haver investimento e mostrar que apesar dos problemas financeiros mundiais é possível investir em seu próprio capital é um bom sinal.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gente estou publicando hoje uma matéria que escrevi no primeiro semestre deste ano. Até mais!!!!!
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Razão na Base
Como será a vida de uma pessoa sem crenças? Ter o pensamento racional na base de seus princípios? Nossa reportagem conversou com dois ateus para entender melhor seu modo de pensar
Um senhor, bem humorado, sorridente, com seus cabelos brancos, 63 anos e óculos de aros redondos, conversando com um segurança do Centro Cultural São Paulo a espera de um repórter.

Este é Isaias Edson Sidney, dramaturgo, nascido em uma família católica, religião que ele mesmo seguiu fervorosamente até seus 14 anos, porém após ser apresentado ao espiritismo por seu irmão mais velho, começou a ler a bíblia com outro olhar, o olhar crítico e depois de estudar e conhecer outras filosofias se tornou ateu.

Isaias é um dos rostos da pesquisa realizada em 2004 pelo Ceris (Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais) onde foi identificado que 7,8% dos brasileiros são ateus ou sem religião. Ser ateu como o próprio nome diz é não ter crença em um deus, seja ele Alah, Jeová, o Deus dos cristãos, ou outros nomes dados a esta divindade que é cultuada nas religiões monoteístas, ou seja, de apenas um deus supremo. O ateísmo é uma oposição ao teísmo, que tem como crença uma divindade como criadora da vida e esta pode ser demonstrado racionalmente, o deus dos teístas é conhecido como o deus dos filósofos.

O ateísmo vem aumentado conforme o tempo, mas no Brasil o preconceito contra estas pessoas é algo muito evidente. Em 2007 foi realizada uma pesquisa pela CBT/Sensus em parceria com a Revista Veja, nesta foi identificado que 59% dos entrevistados não elegeriam um candidato para o cargo de presidente da República se este fosse ateu, os negros tiveram 1% de rejeição, as mulheres 12% e os homossexuais 34%.

Para os pensamentos de Isaías esta pesquisa pode não ser tão concreta “Na condição de ateu, você pode ser o que quiser ter princípios éticos e não-éticos, qualquer um pode ser ateu”. Isto pode ser confirmado com Paula Renata Pereira, 21, ex-estudante de publicidade e propaganda que hoje trabalha como operadora de cobrança.

Com idade e profissão diferentes de Isaías, Paula também é atéia e se declara como tal onde vai, percebe o preconceito citado nesta pesquisa e relata uma situação onde foi o personagem principal do preconceito de uma colega “Fui apresentada a uma colega e ao me declarar atéia, ela perguntou para uma de minhas amigas se não era perigoso andar em minha companhia”.
Filosofia de vida?

O ateísmo é considerado pela teologia um conceito filosófico, um conceito moderno, pois está critica a religião ocidental também é moderna.

Este conceito de filosofia começou a aparecer no século 18 com o Iluminismo “Os iluministas acreditavam que a existência de deus não podia ser demonstrada racionalmente”, diz Etienne Alfred Higuet, doutor em teologia pela Universite Catholique de Louvain localizada na Bélgica, país em que nasceu e se formou.

Outra forma filosófica do ateísmo segundo Etienne são as filosofias de Sartre, principalmente no artigo “O existencialismo é o humanismo” O teólogo declara que “No contexto do artigo o ateísmo aparece como condição essencial para o existencialismo”.

Ao perguntar a Isaias e Paula este pensamento filosófico não condiz com a forma que encaram o ateísmo, dão menos importância à religião e a existência de um deus. Normalmente preferem não discutir questões religiosas com pessoas que possuem uma religião ou acreditem em divindades.

“Não é possível discutir sobre ateísmo com um teísta, pelo fato de que tudo esbarra na fé e em coisas que não possuem lógica ou razão”, afirma Isaías. Que também coloca a condição de que o ateísmo não se propaga como uma bandeira, filosofia de vida ou religião, e sim apenas a não existência de uma divindade suprema.

Paula ao ser questionada sobre o ateísmo ser um filosofia de vida se mostra muito sucinta “Não encaro minha condição de atéia como uma filosofia de vida, apenas não acredito em crenças e deuses”. Sobre discutir religião também é objetiva “Religião não se discuti, nestes casos não faz sentido, pessoas que possuem pensamentos tão distintos como fé e lógica chegarem a uma conclusão”.

Isto talvez explique o porquê do ateísmo não possuir uma sede ou organização onde são colocadas normas para uma pessoa se tornar atéia, ou viva em seu dia-a-dia uma doutrina ateísta.

O que pode ser encontrado são fóruns na internet discutindo sobre idéias de cada um, onde normalmente os ateus procuram conhecer melhor uns aos outros.

A divulgação das idéias ateístas é um dos principais fatores para o aumento da quantidade de ateus e para Isaías “O ateísmo, como não é uma filosofia de vida, não tem como objetivo combater a religião. Deve-se combater, e isto não é privilégio dos ateus, o obscurantismo religioso, a ignorância que leva as pessoas a cometerem atos insanos em nome da religião ou em nome de um deus” para que isto ocorra, à divulgação das idéias pode ser útil a partir do momento em que não for colocada em questão a existência ou não de divindades.
Ateísmo e Religião

Diversas batalhas já foram travadas, sejam elas filosóficas ou físicas entre o ateísmo e a religião, e estas ainda vêm acontecendo. Em alguns casos, tragédias são registradas por pessoas acharem que sua religião ou fé foram ofendidas por outras. Um destes episódios foi uma sátira realizada com 12 caricaturas de Maomé divulgadas em um jornal da Dinamarca. Os cartunistas dinamarqueses foram ameaçados de morte pela comunidade islâmica, trazendo consigo muitas manifestações contra o jornal que publicou as caricaturas.

Para Isaías estas atitudes são barbaridades, coisas que poderiam não acontecer, mas entende isto como um processo de evolução “As guerras religiosas são parte da ignorância do homem. O homem por si só é apenas isto que vemos mais animal do que ser pensante, não é o anjo decaído, mas sim o animal evoluído e ainda não concluído que está em continuo processo de evolução. A existência de deus é um erro da humanidade poderia não ter ocorrido, mas aconteceu”.

A existência de deuses e divindades pode ser datada a partir do surgimento de mitos, que são explicações para a realidade que aquela sociedade se encontra, estas explicações não possuem nenhum embasamento teórico ou cientifico que comprovem suas afirmações.

As primeiras religiões são as que hoje conhecemos como mitologia, conjuntos de mitos que explicam a cultura da sociedade, as religiões que hoje permanecem em nossas culturas também são baseadas em mitos e figuras de linguagem da época em que foi idealizada ou escrita.

A questão da existência de deuses ou entidades divinas já perdura há séculos na humanidade se são verdades ou não, cabe a cada um chegar a uma conclusão, ou permanecerem como agnósticos, pessoas que nem acreditam e nem desacreditam na existência de Deus. Enquanto a sociedade decide suas opções religiosas, esperemos que ateus e religiosos de diferentes filosofias e etnias consigam manter um diálogo amigável e que as definições e os preconceitos contra ateus se desfaçam com o tempo e que as pessoas não sejam julgadas por sua religião ou a falta de uma
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Preconceito na história
A Inquisição, um dos atos mais sangrentos da Igreja Católica mostra que o preconceito religioso faz parte da história
Pessoas consideradas hereges, bruxos, ou que duvidavam da verdadeira fé pregada pela Igreja Católica, foram perseguidos pela Inquisição. Estes infiéis eram curandeiros, pequenos comerciantes e até mesmo católicos que excediam as regras da doutrina imposta pela Igreja.

A Inquisição foi um movimento que começou no sul da França contra os Cátaros, religiosos que reconheciam Jesus como um grande profeta, mas não filho de Deus, logo se tornou um movimento da Igreja Católica através do Papa Gregório IX, contra os infiéis a Inquisição teve grande poder na Espanha e também em Portugal.

No Brasil a Inquisição também foi realizada “Existia uma busca do diabo no Brasil colonial”, afirma José Paulo Germano, doutor em história pela USP.

Neste período no Brasil não havia pessoas que poderiam ser responsáveis pelo julgamento dos acusados, por este motivo padres e religiosos do alto Clero da Espanha e de Portugal vinham ao país “Estes inquisidores, já vinham com os instrumentos de tortura e questionamentos prontos de seu país de origem”, afirma Germano.

A punição normalmente era a pena de morte realizada através do fogo, o ato de queimar o acusado tem duas explicações. “Nesta época existia uma grande crença na mistificação e se acreditava que o fogo era o único capaz de acabar com esta impuridade do condenado”, diz Germano, outro fator importante é a não interferência direta do homem na morte do individuo, uma forma de punição que a Igreja encontrou como purificação.

Hoje a Igreja sente por estes atos realizados, o Papa João Paulo II em 2000 pediu desculpas ao povo em nome da Igreja pela Inquisição através de uma carta. Estima-se que 25 mil pessoas foram mortas neste período, o que é um número relevante para época, que contava com uma população aproximada de 16 milhões de pessoas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Uma lágrima caiu

Sozinha, sem intenção, sem sentimento, sem motivo ou razão, simplesmente se formou e caiu.

Num momento de transformação, tudo o que acontece em nossas vidas tem grande importância para as atitudes seguintes. Esta pequena lágrima, por mais que não tenha significado concreto, ganhou um.

Problemas todos possuem, sou mais um no meio do furacão. O que não é aceitável é deixar ser tragado por coisas que não queremos enxergar ou não temos a mente estruturada o bastante para isso.

Acredito que por este motivo não estamos sozinhos, temos família, amigos, professores. E até mesmo animais de estimação, porém têm um poder incrível de escutar os problemas de seus donos, sem reclamar!

Num dia qualquer esta lágrima poderia ser apenas um cisco, mas hoje demonstrou que durante muito tempo me subestimei, não querendo enxergar a realidade que me rodeava, os problemas que iam e vinham sem motivo, as situações embaraçosas desnecessárias.

Hoje, por incrível que pareça, já possuo uma nova visão sobre estes fatos.

Não sou poeta, escritor, filósofo, nada disso, sou um pequeno aprendiz que jornalismo que relata fatos, e os sentimentos também são fatos a serem relatados. Para este futuro jornalista, mudanças virão, para o bem, com ajuda de todos. E sempre que possível serão colocados aqui.
Até mais!!!