A falta de controle dos pensamentos teoricamente lógicos, ao mesmo tempo que instiga, expõe o caos que somos. O jeito então é apelar para a superfície medial do cerébro. Essa é uma daquelas dualidades loucas da nossa existência.
O legal é canalizar isso de alguma forma e tentar manter a mente sã. Muitos fazem isso com a arte (os maiores artistas têm ao mesmo tempo mentes perturbadas e brilhantes).
Domar as ideias não tem relação direta com os famosos objetivos impostos (sempre lembrando que esses valores são construídos e não fazem parte de nossa real natureza).
Muitas pessoas conseguem transformar suas ideias em coisas úteis sem estar em serviços tops, serem casadas com brad pits e angelinas jolis, ou andar de Mercedes e Ferrari por ai. (Claro que existem pessoas que além de terem tudo isso possuem sensibilidades incríveis e são mais fantásticas ainda).
Os caminhos podem ser variados, mas o objetivo é estar em paz consigo mesmo. Por mais complexo que isso signifique, ao meu limitado modo de ver a vida, deve ser a maior luta de nossa existência.
Nossa caixa de pandora parece ser infinita, nossos monstrinhos internos são diversos e cada vez aparecem com intensidades e sabores (amargos) diferentes. O objetivo de luta é eliminar um a um. E por mais difícil que seja esse processo é ele que nos torna humanos.
Domar nossos pensamentos, ao contrário do que diz o dicionário, não é dominar ou subjugar nossos instintos, na verdade é justamente o oposto. Significa mostrar as nossas próprias ideias, que existimos além da teoria, possuímos sentimentos e experiências que ultrapassam as palavras e consecutivamente qualquer teoria, por mais fundamentada que ela seja. Nossas ideias são úteis, mas por vezes devemos deixar que a natureza imponha nossos caminhos.
A letra não tem muita relação, mas foi a trilha sonora durante a produção desse texto :0)